A primeira roubada em que nos metemos!

Pois é… Chegar a Montreal foi bem difícil... Chegar a Montreal não, chegar em casa e sentir que realmente tínhamos chegado a Montreal!

Havíamos contratado um brasileiro para nos pegar no aeroporto e nos levar até a casa da nossa querida amiga que nos recebeu pelos primeiros dias. Tínhamos boas referências do cidadão, uma vez que alguns conhecidos, inclusive essa amiga, já tinham usado os serviços dele, não só para buscar no aeroporto, mas também para transportar alguns móveis e outros tipos de serviços de transporte. Sabíamos que pegar um taxi seria mais barato, mas como tínhamos receio do nosso estado emocional no momento da chegada, achamos mais confortável estar com alguém que falasse a nossa língua e que achávamos que nos trataria com o mínimo de respeito e cumpriria o trabalho. Não queríamos ser enganados e nem queríamos que algum taxista salafrário ficasse dando voltas conosco pra fazer o taxímetro rodar mais e ele levar a melhor. Mas adivinhem o que aconteceu???

Pois bem, nosso vôo chegou com uns 15 minutos de atraso e assim que pisamos em Montreal demos um jeito de ligar para o rapaz e avisar do atraso. Ele nos disse que estava a caminho e que dentro de uns 10 minutos estaria lá. Fiquei meio que desconfiada porque de acordo com o que havíamos combinado ele estaria nos esperando quando desembarcássemos, mas preferi dar um voto de confiança, afinal, era um horário que poderia ter algum engarrafamento e tal... Fomos para o local combinado e ficamos esperando... Nossa amiga havia nos dito que uma amiga dela nos esperaria em casa porque ela estava trabalhando e não tinha como ir abrir a casa para nos receber, então comecei a me preocupar com elas pois poderiam pensar que alguma coisa havia acontecido por causa do atraso. Bem, o carinha chegou para nos pegar uma hora depois de dizer que estaria lá em 10 minutos... Estava completamente exausta de viajar por mais de 24 horas, sem banho e doida pra dormir deitada e não sentada em uma cadeira qualquer. Minhas pernas incharam muito durante a viagem e eu já havia tirado o sapato há muito tempo e estava calçando minhas havaianas que estavam na bagagem de mão.

Quando o sujeito chegou, para minha surpresa, o carro era super velho, caindo aos pedaços, ferrugem pura, bem diferente da propaganda... Era um dia de muito calor, ventava muito e o carro não tinha ar condicionado. Sequer era de quatro portas... Mesmo assim, tentei não criticar a situação... Sentei na parte de trás e meu marido foi na frente. Tinha tanta sujeira dentro do carro que fiquei com vergonha pra ele. Tinha roupa suja, resto de comida, jornal velho... Uma nojeira mesmo. Ainda assim, tentei pensar que o carinha deveria ser algum batalhador que tava tentando ganhar a vida fora do Brasil e que manter um carro em Montreal talvez fosse caro... Evitei pensar que talvez pelos mesmos $50,00 que pagamos poderíamos ter mais conforto. Na verdade eu ainda não sabia o que estava por vim.

Quando ele saiu do aeroporto, nos disse que passaria em um lugar para pegar uma geladeira para a mãe dele, mas que seria no caminho da casa da nossa amiga, não demoraria nada nem desviaria do caminho. Dissemos que não tinha problema, seria muito bom pra ver a cidade. Ele ficou conversando conosco, perguntou se estávamos chegando de mudança, se queríamos ficar muito tempo e em seguida começou a falar mal da cidade, do país, das pessoas... Disse que está aqui há 20 anos mas que quer voltar porque bom mesmo é no Brasil e blá blá blá... Achei de muito mal gosto da parte dele ficar falando essas coisas pra pessoas que chegaram há algumas horas, ainda mais ficar falando um monte de coisas sem fundamento, sem fatos concretos. Sei que o tempo foi passando, já tinha uma meia hora que estávamos rodando e nunca chegava. Então ele perguntou se gostávamos de cachorro-quente, pois ele conhecia um ótimo, que poderíamos passar por lá e comer alguns. Dissemos que preferíamos ir pra casa, que nossa amiga havia deixado almoço pra gente. Depois de uma hora mais ou menos, ele parou o carro em uma grande loja que parecia um supermercado e nos convidou para descer que ele iria nos levar até o tal cachorro quente. Ele saiu do carro, deixou tudo aberto com nossas coisas lá dentro e foi andando. Disse ao meu marido que ficássemos no carro, pois ele poderia “nos perder” lá dentro, sumir de lá com todas as nossas coisas no carro e nunca mais teríamos noticias nem dele nem das nossas bagagens. Voltamos pro carro e ficamos sentados do lado de fora, numa sombra. Tava muito quente pra ficarmos dentro daquele carro empoeirado e quente, parado num estacionamento debaixo do sol escaldante. Passaram-se uns 20 minutos quando vimos o cidadão voltando em nossa direção com uma caixa na mão. Mas ele não tinha ido pegar uma geladeira? O que ele fazia com uma caixa pequena? Aí ele disse que eram alguns cachorros quentes e refris, que era para comermos e deixar um pra ele que ele já voltaria com a tal geladeira! Bom, era tarde demais: não sabíamos onde estávamos (hoje sei que era no Costco!), não fazíamos idéia de como sair daquela situação ridícula, não tínhamos como ligar pra nossa amiga nem como tirar nossas coisas do carro do maluco e nem sabíamos onde poderíamos pegar um taxi! Ele mentiu dizendo que “pegaria” uma geladeira quando na verdade ele estava comprando uma geladeira! Sei é que ficamos lá plantados esperando a tal geladeira por quase uma hora! Quando saímos de lá ele começou a falar que ainda teria que voltar no aeroporto ainda naquele dia pra buscar a mãe que tava chegando do Rio aí saquei que a mentira era ainda maior, a tal da geladeira era algum outro trabalho que ele tinha pegado ao mesmo tempo do nosso transporte! Tava aproveitando pra ganhar duas vezes!

Quando achamos que estávamos chegando, ele parou o carro e disse que desceria rapidamente pra deixar a geladeira e já voltava. Estávamos nos sentindo presos, com medo de fazer ou dizer alguma coisa porque nossas coisas estavam numa carreta engatada no carro, então preferimos ficar calados e concordar com o que ele dizia. Acontece que ele “largou” o carro em uma esquina de um parque e saiu com a geladeira. O vimos sumir de nossas vistas empurrando um carrinho de entrega com a geladeira em cima...

Pensem no que poderia acontecer de pior nessa hora? Pois é, aconteceu... A polícia chegou! Como o carro estava largado na rua, numa esquina e atrapalhando a passagem dos outros veículos, eles vieram! Tentamos “desenrolar” lá com o policial, explicar a situação em que estávamos. Dizemos que não tínhamos as chaves do carro e nem tínhamos como falar com o motorista. Aí, “seu puliça” ligou a sirene e logo o maluco veio de lá correndo empurrando o carrinho vazio!

Bem, finalmente ele nos deixou onde deveria... Nosso vôo chegou às 11:20 e chegamos na casa da nossa amiga 15:30! O trajeto normal do aeroporto a casa dela é de uns 30 minutos!

Fica a dica pra quem virá: pegue um taxi no aeroporto. Com certeza o taxista não vai pedir pra “buscar uma geladeira pra mãe dele”!

E então... Viemos!


Tiremos as teias de aranha, aspiremos a poeira e coloquemos a casa em ordem! Estamos em Montreal e felizes que só! Agora que a vida entrou nos eixos posso retomar às minhas atividades blogueiras!

Podem deixar que vou contar tudo sim! A começar pela nossa saída de Niterói em abril.

Foi o encerramento de um ciclo. Foi aquela sensação de missão cumprida... Parece que tudo que nós tínhamos que ter feito lá nós fizemos e daquele momento em diante nossa vida seria outra, completamente diferente, sem repetições. Fiquei muito emocionada em deixar meus amigos, que foram poucos, mas eternos. Sinceramente, deixei foi uma família pra trás. Lá eu fiz novos pais e novos irmãos que levo no meu coração. Fiquei triste em deixar lá os amigos que virão, mas ao menos esses eu sei que estarão aqui também e viverão perto de mim.

A melhor parte da despedida foi quando já estávamos no carro e nosso amigo me pediu os chinelos que eu calçava. Sem saber o que ele faria, eu entreguei. Ele os sacudiu, bateu um no outro e disse: “É pra que você vá em paz e não leve com você nem a poeira debaixo dos seus pés!” Foi a forma dele me desejar uma vida nova, diferente, muito melhor! O condomínio em que morávamos era muito problemático e ele desejava que vivêssemos em um lugar de paz e onde sonhamos por muito tempo. Bem diferente daquele lugar...

Fizemos uma viagem longa, cansativa, o carro estava muito pesado. Estávamos parecendo um grande caracol com a casa quase toda nas costas! É que seria difícil vender nossas coisas, então preferimos mandar tudo pra casa dos nossos pais. Foi bom, porque como é tudo novinho, minha mãe e minha sogra se deram bem! Viajamos a noite toda, de Niterói à Vila Velha. Dividimos a direção, paramos um pouco pra dormir, e na minha cabeça só tinha um assunto: é a ultima vez que estou passando por aqui e fazendo essa viagem...

Nossa preocupação ao chegar a Vila Velha era que o Consulado enviasse os passaportes para Niterói. Havíamos enviado e-mail e telefonado pra informar da troca de endereço, mas do jeito que as coisas se passaram nos últimos meses, estávamos era com muito medo de dar alguma coisa errada!

Olha, vou te contar uma coisa... Poucas coisas na minha vida me deixaram tão emocionada como receber aquele envelope... Estávamos só meu pai e eu quando o carteiro chamou. Quando peguei o envelope, chorei tanto que nem consegui explicar o que tava acontecendo! Meu pai achou que estava recebendo algum tipo de negação do Consulado!

Os próximos passos eram contratar o seguro de viagem (contratamos o GTA), transferir o dinheiro pra cá, encerrar a conta no banco, vender o carro.

Ah, essa parte... Vender o carro... Foi muito difícil... Saímos em um dia, bem cedo, no horário que as lojas abrem. Fomos a umas 10 lojas pela manhã e a resposta era sempre a mesma: não estamos comprando. Teve um cara de pau que disse que não se interessava, mas se estávamos desesperados pra vender, ele pagava a metade do preço. Que raiva! Que cara de pau! Achamos melhor deixar pra nossa família tentar vender nos próximos dias. Foi bom esperar porque levou alguns dias, mas conseguimos o valor que queríamos.

Acabamos alterando a data da viagem de 27 para 31 de maio porque um primo havia marcado o casamento para o dia 28. Foi ótimo rever algumas pessoas que não via já fazia um certo tempo!

Chegamos aqui no dia 01/06. Contratamos um brasileiro para nos buscar no aeroporto e nos levar na casa da amiga que nos recebeu pelos primeiros dias, mas essa história é longa e eu quero usar um único post pra falar sobre isso...

Até logo!

Sra. Incrível

Agora é oficial!


To no meio de uma faxina daquelas de jogar água em tudo, limpando a sujeira da pintura, preparando a casa para devolver ao proprietário, fazendo as malas e embalando a mudança, mas parei só um pouquinho pra trazer as boas novas: ontem o Consulado ligou para o Sr. Incrível para formalizar o fim do nosso processo e confirmar o nosso endereço de correspondência para devolver os passaportes!

Como estamos de mudança para a casa dos nossos pais, na semana que vem já não estaremos mais aqui em Niterói, então tivemos de fazer a mudança de endereço na última hora! Acreditamos que por volta de segunda ou terça-feira já receberemos nosso pacotinho!

Sra. Incrível

P.S.: Recebi algumas mensagens pedindo maiores detalhes sobre as milhas. Peço desculpas por não ter respondido ainda, é que tá tudo muito complicado nessa ultima semana em Niterói! Prometo que no máximo na próxima semana responderei a todos vocês por e-mail. Não publiquei os comentários de quem me mandou endereço de e-mail pedindo respostas para manter a privacidade de vocês, mas faço questão de respondê-los! Mais uma vez, obrigada pelo carinho!

A tal história das passagens...

Agora que estamos chegando ao fim do nosso processo, tenho estado tão ocupada que nem tive tempo de vir aqui contar as novidades! Mas tem muita coisa que quero contar pra vocês, até porque sei que minha experiência pode vir a ajudar alguém no futuro.

Algumas coisas aconteceram antes de recebermos a autorização de envio dos passaportes, mas não queria dizer nada antes que isso acontecesse. Compramos as passagens no início de março e foi uma luta... Por isso disse que queria escrever um post só pra contar essa história!

Já faz um tempo que temos acumulado milhas no nosso cartão de crédito. Antes de a TAM fazer parte do grupo Star Aliance, nós juntávamos as milhas e depois as vendíamos. Sempre dava uma graninha boa, pois o pessoal que costuma comprar paga em torno de R$ 400,00 por cada 10.000 milhas, o que é mais lucrativo do que emitir uma passagem pra Vitória por exemplo. Um trecho de ida e volta pra lá, nos custaria algo em torno de 20.000 milhas, ou R$ 120,00 cada “perna”. Então não é viável trocar milhas por passagens em vôos domésticos de trechos curtos!

Como estávamos habituados a fazer esse tipo de transação, quando acumulávamos os pontos no cartão já os convertíamos em milhas e aguardávamos o “aquecimento do mercado” para vender.

Só que a TAM começou a fazer parte do grupo Star Aliance, de que a Air Canadá também faz parte e poderíamos usar as nossas milhas para viajar para o Canadá! Porém, tínhamos 10.000 milhas que venceriam em 06/04/11 e elas teriam que ser usadas até essa data ou expirariam...

Como havíamos perdido a senha do nosso cartão fidelidade, nos foi informado pela central de atendimento da TAM que deveríamos ir pessoalmente até uma loja da TAM para solicitar uma nova senha para usarmos no Call Center do Fidelidade TAM ou fazer a emissão do bilhete sem a senha mesmo, diretamente no guichê de atendimento. Aqui no Rio tem uma loja no Galeão. Tranqüilo, é longe, mas super viável. Dá pra ir de carro até o centro de Niterói e lá pegar um ônibus que vai até o aeroporto.

Fizemos isso na segunda, dia 28/02. Só que quando chegamos à loja, o atendente disse que essa senha deveria ser solicitada por telefone, à central de atendimento. Hãn? Enfim, não íamos dar barraco no aeroporto com um carinha que provavelmente não tinha culpa. Perguntamos se tinha disponibilidade no vôo do dia 27/05, que era a data que queríamos e ele disse que não tinha nenhuma vaga dentro da baixa temporada (que vai de 15/03 a 31/05), mas (coincidentemente), no primeiro dia da alta temporada tinha vaga! Para irmos na alta, teríamos que usar 10.000 milhas a mais pra cada um de nós. Perguntei ao tal atendente por quanto ficaria se comprássemos em dinheiro as passagens. Ele respondeu, mas confesso que só ouvi até “três mil”, pois o restante do valor me deixou surda! Pagar mais de três mil reais por uma passagem só de ida e comprando com três meses de antecedência? Coisa de maluco!

Voltamos para casa desolados... A primeira coisa em que pensamos foi comprar milhas de alguém. Mas isso seria meio complicado, porque teríamos que comprar 30.000 para que emitissem a passagem pra um de nós. Não tem como emitir usando 20.000 nossas e outras 10.000 de outra pessoa. Então ligamos pra um amigo e perguntamos se ele poderia nos emprestar essas 30.000 que por volta de maio ou junho já teríamos a quantidade para emitir uma passagem pra ele. E como ele é nosso amigo DE VERDADE, aceitou nossa oferta.

Na terça feira, dia 01/03, ele ligou pra TAM. Dessa vez, a conversa foi outra... A atendente disse a ele que realmente só é possível pedir outra senha por telefone e que a melhor maneira de conseguir as passagens pra data desejada é ligar todos os dias em horários diferentes, pois existe uma variação muito grande de disponibilidade por causa das reservas canceladas. Naquele momento, só tinha uma vaga em meados de abril e com escala nos Estados Unidos. Como não temos visto americano e não vamos tentar tirar agora, essa possibilidade é nula.

Decidimos tentar todos os dias, até conseguir algo próximo do que queríamos. De 01/03 a 03/03, ligamos várias vezes. Conseguimos para diversas datas, com escalas no Chile (uma viagem de três dias!), nos Estados Unidos, indo direto, mas em vôos separados... E finalmente, no dia 03/03 à noite conseguimos para o dia 27/05, assim como queríamos! Escolhemos essa data porque é uma sexta-feira, e porque teríamos tempo de sobra para concluir nosso processo. Ledo engano...

Como só conseguimos autorização para enviar os passaportes em 15/04, estávamos arrancando os cabelos... Se alterássemos a data pra outro dia dentro da baixa temporada, não pagaríamos nada de multa, desde que a nova data estivesse dentro dos seis meses de validade do bilhete. Se trocássemos em condições diferentes dessa, pagaríamos 10% do valor (em milhas) de multa, que seria 2.000 milhas para cada um e a diferença da temporada, nesse caso, 10.000 milhas. Se cancelássemos as passagens, perderíamos as milhas da multa (as 2.000 para cada), as milhas que venceram em 06/04 (as 10.000) e ainda as taxas de embarque, que giraram em torno de R$120,00 para cada um.

Honestamente, vivemos dias de total desespero... Tínhamos que arrumar tudo para entregar a casa em que moramos, vender nossos móveis, decidir o que fazer com as passagens, o Sr. Incrível tinha que pedir demissão... E não dava pra fazer nada até que o Consulado não se decidisse... Como demorou demais, acabamos decidindo não vender os móveis e vamos enviar tudo para a casa dos nossos pais.

Agora estamos na nossa última semana em Niterói. Estamos aproveitando o feriado para pintar a casa, embalar algumas coisas e nos despedir daqui. Vamos passar o mês de maio com nossas famílias, descansar um pouco e nos preparar para ir embora. Estamos vivendo muitas coisas ao mesmo tempo, minha cabeça tá girando horrores! Mas finalmente, meu coração está aliviado. Tudo ficou bem em cima da hora, mas o mais importante é que mesmo assim estamos conseguindo fazer tudo conforme planejamos.

Ainda quero escrever sobre grana. Mas, assim como a história das passagens, essa também é longa...

Até breve!

Sra. Incrível

P.S.: Esqueci de dizer que o Consulado nos autorizou a enviar os passaportes porque o Sr. Incrível ligou pra lá e perguntou sobre o andamento. Aí a Maura disse que o oficial de imigração havia concluído o nosso processo um dia antes e que eles enviariam uma correspondência nos orientando com o próximo passo, mas podíamos nos adiantar e pagar a taxa e enviar tudo. Ontem, 20/04, recebemos a tal correspondência, mas os passaportes até já tinham chegado lá...

Decision Made!




Depois eu volto e conto melhor, do jeitinho que vocês gostam, com todos os detalhes...
Mas... Acabou! Hoje nos foi autorizado pagar a última taxa e enviar os passaportes!
Agora não posso falar mais porque estamos ocupadíssimos comemorando!

Até mais!

Quanto mais perto do abismo…

Mais comprida é a estrada!

Parece que agora, com os pés apoiados na beira do abismo, ele está mais distante...





Adiantou nada, fazermos planos por cinco anos e não avisarmos ao Consulado! Eles se esqueceram que nossas vidas estão em suas mãos!

Planejávamos embarcar no fim de maio por causa do clima que estará mais ameno em Montreal e por outros probleminhas pessoais que resolveríamos até lá. O nosso carro seria quitado em dezembro de 2010 e sem a prestação para pagar, sobraria mais dinheiro para o que chamamos aqui em casa de “Fundos Pró Québec”. O contrato de aluguel da nossa casa se renova a todo dia 01/05. Saindo no final de abril, não teríamos obrigação de pagar resíduos de aluguel nem de condomínio, e não corríamos o risco de ter os valores reajustados na renovação. Nossa parte foi feita. Problemas resolvidos, agora estamos à mercê do Consulado Geral do Canadá...

Ontem o Sr. Incrível conseguiu falar com eles. Pediram o número do processo e confirmaram que os exames estão em Trinidad & Tobago desde 25/02 (como se já não soubéssemos!) e pediram que esperássemos mais uma semana. Se não recebermos nenhum contato até lá, que retornemos a ligação.

Ainda temos algumas coisinhas pra ajustar. Temos alguns móveis pra vender; o Sr. Incrível tem que informar sua saída no trabalho (o que ele só quer fazer depois que pedirem os passaportes); temos que pintar a casa para devolver, uma vez que o proprietário já está devidamente avisado de nossa situação...

E tem as passagens... Mas isso será assunto para um próximo post, pois tenho muito que dizer a respeito!


Uma vida em 128 quilos...



Já faz alguns meses que estamos pesquisando e tentando definir como resumir nossa vida material em 128 quilos.

Quando nos casamos, isso há quase três anos, procuramos comprar o mínimo possível para que não tivéssemos problemas agora na hora de desfazer das coisas. Tivemos bastante sorte de conseguir alugar uma casa com cozinha, quarto e banheiros planejados, assim, gastamos o mínimo possível com mobílias. Digo o “mínimo possível” porque foi difícil não comprar, por exemplo, um sofá confortável e razoavelmente caro, pra quem tinha data marcada pra vender tudo!

Meu maior medo é de não conseguir vender as coisas grandes, como a geladeira, o fogão e o tal sofá. Se morássemos próximo da nossa família, ao menos teríamos onde deixar as coisas, mas como estamos bem longe de todos, tenho receio de ter que vender a preço de banana só pra ter que desfazer...

Já temos mais ou menos definido os preços, já tem algumas coisas negociadas, e estamos começando a ver o que vamos realmente levar conosco. Aí vem a dificuldade de resumir tudo em 128 quilos. Vamos nos desfazer de alguns calçados, algumas roupas – essa parte já estamos fazendo desde o final do ano passado – e tentaremos levar o mínimo possível.

Não estamos considerando a possibilidade da terceira mala, é que não queremos pagar excesso de bagagem nem achamos que será possível conseguir isso com a Air Canada, uma vez que teremos um trecho doméstico que faremos pela TAM e usaremos milhas para emitir as passagens.

Pensamos em comprar duas malas boas, daquelas com rodinhas que giram a 360°, e colocar as outras coisas em caixas e embalar bem; também consideramos levar bolsas de viagem – que são mais baratas – no lugar das caixas. Mas achamos que seria muito complicado o transporte dessas caixas ou bolsas. Imaginem só, arrastar duas malas mais duas caixas através do saguão do aeroporto? E quando chegarmos a Toronto, que teremos que passar pela imigração e depois redespachar tudo até Montreal? Loucura!

Começamos a pesquisar preços de malas no fim do ano passado. Essas malas melhores, as que giram em 360°, estavam caríssimas, em torno de R$250,00 cada. Deu uma dor no coração... Gastar uns R$1.000,00 só em malas que provavelmente seriam usadas uma única vez! Mais uma vez, deixamos rolar pra ver no que daria... Acabaríamos decidindo o que fazer em cima da hora.

Só que agora que acabou o período de férias, as lojas baixaram bem os preços e começamos a encontrar malas por volta de R$180,00. Vimos que o momento era esse! Com preços melhores e o Sr. Incrível trabalhando ainda – ou seja, dinheiro entrando na conta! – esse era o momento de comprar as malas como queríamos.

Uma amiga havia me dito que viu umas com preço bom na Le Postiche no shopping aqui em Niterói. Já havíamos olhado umas lá na Rua da Carioca, no Centro do Rio e as mais baratas estavam por R$168,00, só que teríamos o trabalho de ir buscar e elas não eram tão boas. Olhamos, também, na Mala Amada. Estavam por R$178,00, só que eles não tinham as quatro no estoque, teríamos que pagar pra pegar depois e não nos deram NEM UM REAL de desconto para pagar a vista, 4 malas (quatro!) em dinheiro! E a vendedora e outra mulher que parecia a gerente, estavam com tanta má vontade em nos atender que me irritou. Talvez elas vendam umas 50 malas daquelas por dia, então vender quatro pra nós não faria diferença...

Aí fomos à Le Postiche. Honestamente, o tratamento não foi tão diferente da Mala Amada – que “carinhosamente” apelidamos de “Mal Amada”. Só depois de termos olhado uma mala, aberto, olhado por dentro, é que a vendedora veio falar conosco. A mala é muito boa e o preço melhor ainda – R$159,90! E eles tinham todas no estoque. Só que o atendimento...

Perguntamos à vendedora se havia alguém pra nos ajudar a levar tudo até o carro e ela fez tanto pouco caso, que no final disse q só levaria até ao elevador. E na hora em que estávamos na porta da loja, a “distinta” só apontou o caminho do elevador! Poxa, ela tinha acabado de ganhar a comissão do dia com a nossa venda, aposto que ela não vende quatro malas daquelas todos os dias! Depois de três anos morando aqui, ainda não consegui me acostumar com o péssimo atendimento no comércio...

Mas em fim, elas estão compradas e agora é só resumir nossa vida material nos 128 quilos que temos direito!

Até mais!

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