“Vous êtes acceptés”

Foi tão emocionante ouvir isso quanto “Eu te amo. Quer casar comigo?”. Nos dois casos tive aquela sensação de “Eu já sabia...”.

Depois de passar uma noite “daquelas”, com direito a goteira em telhado de plástico que mais parecia martelada (me lembrei daquele episódio do pato Donald!), falta de eletricidade seguida de muito calor e mosquitos e (óbvio!) insônia por ansiedade, pedimos para trocar de quarto. Ficamos no último andar, bem em frente ao recuo da pista do aeroporto, o que quer dizer que acompanhamos de pertinho todos os vôos que decolaram de Congonhas naquela manhã, com direito a todo o barulho dos motores!

Chegamos ao prédio do BIQ com duas horas de antecedência (Sr. Incrível é absolutamente neurótico com horários, ainda mais em São Paulo...) e, ao descer do táxi, encontramos um casal de Curitiba que havia acabado de sair com o CSQ. Conversamos um pouco, fomos até a portaria conferir se nossos nomes estavam na lista (o do casal não estava, pois com toda a pressão do momento esqueceram de confirmar a entrevista após receber o e-mail com a convocação) e saímos para comer alguma coisa. Sr. Incrível estava tão nervoso que ficou o dia sem comer. Sentamos em uma padaria que fica no quarteirão anterior e lá ficamos até faltar 40min. da hora marcada.

Quando subimos, tamanha foi a nossa surpresa quando o próprio Sr. Leblanc nos recebeu na porta do escritório com um sonoro “Bonjour”!
Nos encaminhou para a sala de entrevistas, se apresentou e foi logo confirmando nossos nomes. Não deu tempo nem de tirar os documentos da mochila, o que pretendíamos fazer na salinha de espera. Estávamos 40min. adiantados e aparentemente ele já estava doido querendo encerrar o dia, pois a nossa era a sétima do dia. Ele confirmou nossos nomes completos, perguntou se éramos casados e pediu as certidões de casamento, nascimento e os passaportes. Explicamos que não tínhamos as certidões de nascimento porque quando nos casamos o cartório recolheu. Ele disse que sabia que isso acontecia aqui no Brasil. Aproveitamos para colocar o francês em prática e dissemos que tínhamos a intenção de provindenciar novas, pois no Québec a certidão de casamento não será aceita em algumas ocasiões. Ele concordou, comentou alguma coisa e começou a conferir nossos documentos.

Perguntou como se pronuncia no nome do Sr. Incrível aqui no Brasil (no francês os nomes próprios sofrem alteração na pronúncia, digamos que são “afrancesados”...) e para quebrar o gelo, o Sr. Incrível aproveitou e perguntou como se pronunciava o sobrenome dele também. Sr. Leblanc explicou e aproveitou para perguntar qual era a origem do sobrenome e aí o gelo estava quebrado. Quando veio confirmar o meu nome, disse que era francês e não tinha diferença de pronúncia.

Em seguida ele pediu o diploma da faculdade do Sr. Incrível, elogiou bastante as notas, e verificou também seu certificado de conclusão do 2º grau técnico. Depois pediu o meu de 2º grau. Enquanto conferia, ele ia fazendo umas anotações na DCS que havíamos enviado e digitando algo no computador. Pediu a carteira de trabalho do Sr. Incrível, conferiu a experiência declarada e perguntou sobre o trabalho atual. Ele explicou que atualmente trabalha por contrato (PJ). Aproveitou para comentar que a empresa em que trabalha tem uma filial em Montreal, o que o Sr. Leblanc adorou, mas frisou que lá devemos avaliar propostas de outras empresas, não se acomodando a essa em que já trabalha, o que em um primeiro momento realmente seria mais prático. Sobre o contrato de trabalho, ele apenas perguntou com que frequência ele era renovado e mais nada! Esse era o nosso maior medo, pois embora não houvessem problemas com documentação, responder isso em francês e sob pressão seria, no mínimo, complicado... O Sr. Incrível presta serviço com Pessoa Jurídica, o que é muito comum aqui no Brasil na área dele. Como levamos todos os impostos, certidões negativas, notas fiscais, tudo relativo à empresa, achamos que ele poderia questionar alguma coisa e talvez teríamos algum problema, mas não! Ele não questionou absolutamente mais nada!

Me perguntou sobre meu último trabalho, expliquei que ainda trabalhava para a mesma empresa, só que agora por demanda, sem comprovação formal. Novamente ele não questionou nada e eu também não prolonguei o assunto. Aí veio a famosa pergunta “por que o Québec?”. O Sr. Incrível começou a responder e de repente, no meio da resposta, travou! Ficou alguns segundos em silêncio aí eu continuei a responder. Havíamos combinado que não usaríamos a expressão “qualidade de vida” e tentaríamos explicar o que isso significa para nós. Foi o que fizemos.

Ele aproveitou para perguntar o que o sr. Incrível pode oferecer para o Québec, o que faria o Québec querê-lo. Nesse momento, eu achei que estava tudo perdido, pois responder esse tipo de pergunta mesmo em português é complicado... o nervosismo era tamanho que ele entendeu a pergunta, mas não sabia como responder. Citou as tecnologias com que trabalha e pegou as ofertas de trabalho e uma pesquisa salarial para a área de TI que ele havia feito. Sr. Leblanc novamente só passou o olhos em tudo e disse que, mesmo bem qualificados, devemos nos preparar ainda aqui no Brasil pensando em experiência profissional, salário, qualificação e itens diversos, de modo que lá possamos concorrer com o que há de melhor no mercado de trabalho. Concordamos plenamente com esse ponto, visto que os investimentos ainda aqui para melhorarmos nosso curriculums em alguns pontos serão definitivamente mais fáceis e baratos que lá, onde primeiramente não teremos empregos para custear essas “melhorias”.

Logo após, ele se voltou para mim e perguntou quais eram meus planos e o que havia pesquisado. Expliquei como era meu trabalho e mostrei um álbum fotográfico que levei. Ele ficou surpreso com as fotos da parte da festa, aí eu expliquei que aqui no Brasil existe uma tradição de grandes festas de casamento. Em seguida, mostrei as ofertas de trabalho que levei e expliquei que poderei trabalhar com a mesma coisa lá, porém o mercado é mais voltado para estúdios que eventos sociais.

Ele nos parabenizou pela organização e pelo planejamento, disse nossa nota foi 77(precisaríamos que fosse 68, pois nos enquadramos nas normas antigas). Enquanto ele digitava umas coisas no computador, minhas mãos estavam em cima da mesa e o Sr. Incrível segurou minha mão direita. Quando olhei para o lado, ele estava muito vermelho e a mão estava gelada. Me apavorei porque achei que ele estava passando mal, mas ele havia percebido que havíamos passado!
Foi então que ouvimos o famoso “vous êtes acceptés”. Nessa hora, não me contive e comecei a chorar! Só conseguia dizer “merci, merci, merci” e ele segurou a minha mão gentilmente e disse que não precisava agradecer! O Sr. Incrível disse que esperamos por isso há uns 5 anos!

Sinceramente, depois disso, não me lembro de mais nada que ele disse! Fiquei tão emocionada que não consigo me lembrar! A única coisa que lembro é que ele pediu para conferirmos nossos nomes no CSQ, meu marido conferiu e guardou. Aí ele disse que precisava assinar primeiro, antes de guardarmos!

Tudo durou uns 40 minutos, mas tive a sensação que foram apenas 15. Tem alguns pontos importantes que gostaria de listar:

- O Sr. Leblanc é extremamente gentil e educado. Já soubemos de história onde o entrevistador até ameaçou expulsar da sala o acompanhante por responder às perguntas dirigidas ao requerente principal, mas ele se comportou de forma extremamente amável conosco.

- Apesar de apresentarmos comprovantes de estudos de inglês (350h com a nossa última professora) ele não nos cobrou isso. Talvez por termos muitas horas de estudo com uma professora particular, e o Sr. Incrível trabalhar em uma área onde o Inglês é muito necessário.

- Ele não foi exigente com os documentos da empresa do Sr. Incrível. Apenas analisou o contrato de prestação de serviços dele, sem outros questionamentos. Lembrando apenas que junto com a DCS, já havíamos enviado todos os documentos da empresa, comprovantes de impostos pagos, imposto de renda e certidões negativas de débito federais e estaduais.

-Ele não perguntou se tínhamos pesquisado local para morar, bairro que escolhemos, etc. Nem mesmo analisou as planilhas de “primeiros passos ao chegarmos” nem dos gastos iniciais que havíamos levado. Apenas disse que nas cidades menores como Ville de Québec, Trois Rivières, Laval também existem muitas oportunidades para quem é de TI.

Agora que já temos nossos CSQs, só falta um documento que devo solicitar na Polícia Civil em Vitória, pessoalmente, para que possamos enviar o federal. Estou vendo a maneira mais “fácil” de fazer isso, se é que vai ser tão fácil assim...

Sra. Incrível

Postzinho só pra relaxar antes da entrevista…

People, tô aqui no hotel, sem nada pra fazer, Sr. Incrível está justificando o valor pago pela diária e faz bom uso da cama (dormindo, claro!) e eu aqui, escrevendo esse postzinho pra passar o tempo e atualizar as últimas informações antes da entrevista...

O vôo foi tranqüilo, com algumas turbulências que fizeram o Sr. Incrível suar bastante mas o comandante era todo engraçadinho, veio fazendo piadinhas até com a turbulência que enfrentaríamos para pousar... Eu fiquei bem, nem suei as mãos como sempre acontece! Acho que é porque não teve aquelas quedinhas, que fazem o avião descer e o corpo ficar... Foram só umas tremidinhas, como se estivéssemos em uma estrada esburacada. O hotel é legalzinho, fica em frente ao aeroporto de Congonhas. Conversei com a moça da recepção e perguntei se “aquele” lugar ali na frente era o que eu estava pensando e era mesmo... Trata-se do local onde ficava a Tam Cargo, onde um avião da própria companhia bateu uns 2 anos atrás, matou um monte de gente... Fica uns 200 metros daqui. Ela disse que foi horrível, muito cheiro de fumaça, a avenida aqui ficou interditada por 1 mês, teve muito movimento de curiosos, da imprensa... Muita tristeza...

Almoçamos aqui do lado, tava com vontade de comer um “surrasco” (é assim que falou o tiozinho lá no Maracanã quando perguntamos os sabores de salgadinhos que ele tinha pra vender!) mas estou começando a ficar preocupada com o que pode acontecer com o meu intestino! Vou dar uma passadinha em uma farmácia logo mais. O Shoping Ibirapuera fica aqui perto, vamos dar um passeiozinho lá logo mais.

A história do documento perdido

Lembram o comprovante de estudos da Aliança Francesa que havíamos perdido e pedido outro? Pois ele chegou! Na quinta feira, o prazo máximo que havíamos estipulado para esperar. Caso não chegasse, minha sogra sairia correndo de Vitória para levar uma outra cópia lá em casa. Legal, só que veio com um pequeno erro: minhas horas de estudo estavam erradas! Faltavam 24 horas no total. Mas como já estava em cima da hora, não daria tempo de tentar substituir. Já havíamos pensado em como explicar toda a história para o entrevistador, treinamos direitinho o francês...

Pois bem, na sexta-feira 13, estava tranqüila (sorry, ainda não aprendia a enxergar essa a palavra sem o trema rsrsrsrs...) lá em casa e o Sr. Incrível arrancando os cabelos no trabalho. Já havia me ligado umas cinco vezes, sem razão mesmo, só pra ver se o tempo passava. Resolvi dar uma faxina boa na cozinha, daquelas de lavar paredes, jogar água em tudo, esfregar bastante e não deixar nem um vestígio de gordura, afinal, fazer limpeza sempre ajuda a relaxar. Estou sem faxineira há uns 15 dias e aos poucos estou descobrindo as “cacas” que a moça deixou para trás. Observei que ela não tinha esse hábito de limpar bem minha cozinha e resolvi tirar tudo do lugar para limpar. Quando arrastei a mesa (que fica encostada na parede, imprensando uma das cadeiras), entre muita poeira e teias de aranha, adivinhem o que encontrei????? Um pilha de papéis e nela estavam os comprovantes sumidinhos da Aliança Francesa!!!! Isso mesmo, ao invés dela me perguntar o que fazer com aqueles papéis todos, ele deu o seu jeitinho... Bendita a hora em que resolvi tirar tudo do lugar!!!!

Documentos conferidos e re-re-re-re-conferidos, francês afiado (acho que fechamos umas 250 horas de estudo no total!), simulações e mais simulações feitas e chegou a nossa hora... Com medo de haver mais alguma pedra em nosso caminho, trouxemos os dois notebooks; um ferro de passar roupa, porque queremos estar bonitinhos para o moço da entrevista ir com a nossa cara; chapinha; secador de cabelo; um par de roupas extra para cada um, devidamente localizados nas mochilas dos notes, caso nossa mala extraviasse...

Agora é tentar relaxar e esperar as próximas 24 horas... Preparados, nós estamos. Acreditamos que dará tudo certo, mas caso não escutemos o famosa frase “Bienvenue au Québec” (Bem vindos ao Québec), poderemos tentar de novo daqui a seis meses. Espero que valha cada espinha que apareceu no meu rosto!

Até o CSQ!

Sra. Incrível

Quase nada de novidade...

Cá estou numa ansiedade daquelas... Fico me lembrando de quando era criança, que ficava contando as horas para o primeiro dia de aula, para meus primos chegarem lá em casa, para o dia do Natal... Não dormia, e quando conseguia, sonhava com o que estava para acontecer. Havia aquela inocência de criança, que fantasiava todos os detalhes, e quando acontecia parecia que estava vivendo meu conto de fadas. Era tudo perfeito, exatamente como havia imaginado...

Estou escrevendo tudo isso, meus caros leitores, para tentar passar um pouquinho do que estou sentindo nessa semana que precede nossa entrevista. Nos últimos anos dedicamos preciosas horas lendo histórias de todos os tipos e imaginando como seria quando chegasse o nosso momento. O balanço que fazemos é que atualmente trata-se mais de uma conversa que de uma entrevista mesmo. Há algumas rodadas, o entrevistador fazia uma lista de perguntas e todo mundo decorava cada palavrinha. As pessoas faziam projetos de imigração onde era necessário fazer cansativas pesquisas sobre a história do Québec, sobre a situação política e mais um monte de coisas que não fariam diferença... Era tudo para provar que você estava realmente interessado no Québec, que realmente merecia o CSQ.

Preparamos nosso projeto de imigração de forma bem simples, baseados nos relatos das rodadas mais recentes. Os entrevistadores estão interessados em ver o planejamento. É preciso mostrar que estamos preparados para diversas situações, como a possibilidade de não encontrarmos trabalho nas nossas áreas de atuação ou só conseguirmos trabalho no quarto mês, por exemplo.

Levaremos algumas planilhas com o nosso planejamento financeiro para os nove primeiros meses, considerando a possibilidade de começarmos a trabalhar em cada um dos primeiros meses. Levaremos também, um projeto dos nossos primeiros passos, desde a chegada no aeroporto até os primeiros contatos com o escritório de imigração e emissão dos documentos canadenses, além de algumas ofertas de trabalho para nós dois e uma pesquisa sobre aluguel de apartamentos.

Conseguimos as passagens para São Paulo pela Webjet, porém, nosso vôo vai para Guarulhos e de lá iremos até o aeroporto de Congonhas em um ônibus da própria companhia aérea, uma cortesia. Ficaremos hospedados em um hotel ao lado do aeroporto, que não fica muito longe do local da entrevista. Pelo que vimos no Google e em vários outros lugares, fica distante uns 6 km.

Ah, já ia me esquecendo de contar que tivemos um pequeno problema de percurso! Semana passada estávamos organizando a pastinha com os documentos originais que precisaremos apresentar, e não encontramos nossos comprovantes de horas estudadas na Aliança Francesa. Revirei essa casa de ponta a cabeça e nada... Ligamos correndo pra lá e no mesmo dia eles nos enviaram outra declaração pelos Correios. Não recebemos ainda, mas se não chegar até quinta-feira, pediremos para a mãe do Sr. Incrível vir correndo nos trazer. Não podemos deixar de levar por dois motivos: enviamos a cópia desses documentos (ou será que enviamos os originais, por isso não encontramos???) e eles são a prova de 90 horas de estudos de francês para cada um! Vai pegar muito mal se não levarmos...

Bem, antes que a ansiedade de consuma, vou levantar e malhar um pouquinho... Ajuda o tempo passar e faz bem pra saúde!

Inté!

Sra. Incrível

P.S.: Pessoal, agora descobri como responder aos seus comentários! Não havia respondido antes porque esse mundo "muderno" de blogueira ainda é novidade e estou aprendendo como usar os recursos! Mas a partir de agora, responderei a todos os comentários! Mais uma vez, obrigada pelo carinho e os maravilhosos conselhos de todos, os que escrevem aqui e os que falam comigo de forma mais particular também!

"Quem espera sempre alcança..."

Fomos convocadoooooos!!!!!! Êbaaaaaa!!!!!

Finalmente, depois de acharmos que o BIQ tinha se esquecido da gente, eis que recebemos um e-mail na quinta-feira, dia 22, com a convocação para nossa entrevista!!!!







E (como sempre!) junto com as boas novas, sempre vem a nuvem negra, tipo aquela que encara o pessoal do Lost...


O Sr. Incrível me ligou quando chegou no trabalho, umas 9:15, como sempre faz todos os dias... Tava meio grogue ainda, tinha acabado de acordar, na verdade, acabado de me levantar porque pela manhã leva uns 30, 40 minutos pra minha mente acordar de verdade... Enfim, me deu a tão esperada notícia! Discretamente porque lá no trabalho dele num pode dar indícios do que tá rolando na nossa vida... Levei uns minutinhos pra assimilar o que tava acontecendo, mas finalmente minha ficha caiu!!! Fomos convocados!!! E pra daqui a menos de um mês?? Are you sure??? É verdade... Ainda bem que o francês tá na ponta da língua, afiadíssimo!!!
Vamos ao resto do dia...

Estamos com um pequeno probleminha de vazamento no encanamento da pia da cozinha aqui em casa. Primeiro, tínhamos um entupimento. Tentamos de tudo mas nada funcionou... Trocamos o sifão e resolveu essa parte, porém... Começaram os vazamentos dentro do armário por baixo da pia. Justamente nesse dia, o vazamento resolveu estourar e alagar minha cozinha! De quebra, a área de serviço também! Legal. Toda aquela água suja de gordura... Ok, faxina geral na cozinha, incluindo as coisas que estavam no armário.

Estava concluindo um álbum de casamento que o prazo havia expirado há uma semana. Não por minha culpa, é que eu já recebi com o prazo estourado... Era um álbum de 36 páginas, das quais umas 20 já estavam prontas e o restante terminaria naquele dia e entregaria no dia seguinte. Maaaasss... Meus trabalhos são salvos em um HD portátil, que sofreu uma “pequena queda” uns dias antes e adivinhem o que aconteceu??? Estragou!!! E eu perdi TUDO! Só consegui salvar a pasta com as fotos que a noiva havia escolhido. Que bom né! Assim eu poderia virara a noite e refazer todo o meu trabalho! Achei melhor ir limpar a cozinha pra respirar fundo, me tornar uma fênix e ressurgir das cinzas... afinal, os trabalhos mais humildes são os que mais nos engrandecem, nos fazem repensar sobre nossos erros e tentar corrigi-los. Legal. Beleza. Recomecemos.

Pensa que acabou? Claro que não! Liguei o note, e... outra surpresa! Uma mancha lilás (rosa?), vertical, bem no meio da tela! Como trabalhar com fotografia, editar imagens e fazer diagramação se tudo que se enxerga fica cor-de-rosa (lilás?) ? Mas como sou profissa, dei meus pulos, trabalhei muito e entreguei o álbum no sábado pela manhã.
Ufa... agora sim, posso respirar aliviada e escrever meu blog!

Hoje o Sr. Incrível comprou outro note, e acredito que ainda essa semana poderei pegar mais alguns trabalhos, enquanto isso, continuo em “La vie em rose”... ou seria “La vie em lilas" ?

Sra. Incível

Como funciona o processo

Só pra esclarecer os meus leitores que não estão no processo de imigração, vou falar um pouquinho sobre como funciona...

O primeiro passo é fazer um teste para avaliar se a sua pontuação é satisfatória para aplicar o processo de imigração pela província do Québec. Contam pontos a formação (técnico/superior), experiência de trabalho nessa área, idade, filhos (eles contam positivamente, dizem até que valem mais que um mestrado rsrsrs...), níveis de francês e inglês, entre outros. Feitos os testes e constatado o perfil desejado pela província, é hora de preparar a documentação de acordo com as exigências do BIQ. Enviado tudo, é só aguardar...

Ao receber o dossiê eles enviam uma correspondência (em francês), confirmando o recebimento e pedindo para aguardar novas instruções. Em seguida, é debitado no cartão de crédito uma taxa em dólares canadenses para cada pessoa incluída (no nosso caso, somos somente eu e o Sr. Incrível), referente a abertura do processo provincial.

Passadas essas etapas, aprendemos a conjugar o verbo “attendre” (esperar, em francês!)





Brincadeirinha! Mas isso realmente acontece! Dizem que a maior virtude do imigrante é saber esperar. Precisamos aprender a esperar e a ter paciência, pois a partir daí, tudo acontece no tempo do BIQ e, aparentemente, não existe uma relação entre os dossiês recebidos por eles... Já já explico melhor isso...

O BIQ convoca para uma entrevista onde será comprovado o nível de francês e, se for o caso, o de inglês dos participantes do processo. Também serão conferidos os documentos que foram enviados. Caso sejam aprovados, é emitido o CSQ (Certificat de Sélection du Québec) que será usado para dar entrada na parte federal do processo.

Na parte federal, são exigidos alguns documentos como atestados de antecedentes criminais e mais alguns formulários. Esse novo dossiê pode ser enviado pelos Correios ou entregue pessoalmente no Consulado Canadense em São Paulo. Muitas pessoas já vão para a entrevista com tudo pronto e entregam no mesmo dia. Esperamos fazer dessa forma para agilizar as coisas...

Para essa etapa, paga-se mais uma taxa referente à abertura (dessa vez, deve ser feito um depósito em Reais) e aguardar a convocação para os exames médicos, que são feitos por médicos credenciados em algumas cidades específicas. Esses exames serão enviados para Trinidad & Tobago (vai saber por quê...) e depois o Consulado pedirá os passaportes para emitir os vistos. A partir da data de pedido dos exames médicos, teremos um ano para entrar no Canadá.

Quando disse ali em cima que aparentemente não existe relação entre os dossiês recebidos pelo BIQ, é porque já tivemos notícias de pessoas com perfil semelhante ao nosso que enviaram tudo depois de nós e já estão com a entrevista marcada para novembro e dezembro. Mas também existem pessoas que enviaram os documentos em abril e continuam aguardando. Até agora não recebemos mais nada além da carta confirmando a abertura do processo... Ainda não sabemos se faltou algum documento, se preenchemos errado algum formulário, ou se houve algum problema. Tivemos notícias de pessoas que foram convocadas para 20 dias após o comunicado do BIQ, por isso acreditamos que podemos ser convocados para esse ano ainda. Na verdade, dizem que todos os que aplicaram antes de 14 de Outubro serão convocados para entrevista ainda esse ano.

Até lá, nous attendons!

Bises,
Sra. Incrível

Então...

Passamos o mês de julho e o início de agosto por conta de providenciar os documentos para enviar pro BIQ. Foram páginas e mais páginas de cópias... Tivemos que enviar nossa vida toda... documentos de comprovação de estudos, trabalhos, imposto de renda... dias e mais dias organizando tudo, separando por assunto de acordo com o pedido do BIQ, até que em 16/08, domingo, empacotamos tudo.

No dia 17/08, segunda-feira, acordei cedo, subi na minha moto (sim eu tenho uma moto!!!) e fui ao Correio. Bem, “no meio do caminho havia um quebra-molas, havia um quebra-molas no meio do caminho...” não vi porque era um daqueles irregulares, sem sinalização e fora do padrão, devia ter uns 30cm de largura. Voei longe! Moral da história: ombro quebrado, vários hematomas, moto quebrada e um dossiê sem postar! Sabe o que é incrível? Me levantei e meu telefone tocou. Era o Sr. Incrível! Acho que rolou um “transmimento de pensação”! Ele mal havia acabado de chegar ao trabalho e voltou correndo pra me encontrar no hospital.

Não nos esquecemos do dossiê! Depois que o susto passou, ele me trouxe pra casa e foi ao Correio. Agora sim! 800 gramas de papel, e toda a nossa esperança, planos e sonhos naquele pacote. Foram-se...

Dia 25/08 recebemos uma cartinha confirmando o recebimento do nosso pacote e dizendo que em até 8 meses ele voltariam a entrar em contato. E só! Ainda não teve nenhuma novidade, nada nada...

Esperamos fazer a entrevista ainda esse ano. Caso isso aconteça, conseguiremos nos programar para embarcar já no próximo verão canadense, caso contrário, nossos planos são para o verão de 2011. Mas, como dependemos do BIQ... vamos continuar estudando francês e esperando!

Salut!

P.S.: Pessoal, comentem! Meu pagamento são seus comentários! Aos que já comentaram, muito obrigada pelo carinho e voltem sempre!

Sra. Incrível

Nossos primeiros passos...

Como disse anteriormente, começamos as aulas de francês em 2007, demos um tempo e retomamos em 2008. O próximo passo, foi o casamento. Não é necessário ser oficialmente casado, tanto que o BIQ (Bureau d'immigration du Québec – Escritório de Imigração do Québec) aceita até casais do mesmo sexo (no Canadá, pessoas do mesmo sexo podem se casar).

Preferimos nos casar oficialmente para facilitar a comprovação. Com o casamento, apenas a certidão vale como prova, mas se o casal vive em união estável, terá de enviar várias provas (extratos bancários, correspondências, fotografias) de que vivem juntos há mais de um ano. Mas, hoje digo com toda certeza que tenho o maior orgulho de assinar o sobrenome do meu lindo maridinho! E adoro quando alguém pergunta “Qual seu estado civil?” Casada! Casadíssima!

Em Junho, solicitamos nossos passaportes. O Sr. Incrível já tinha, mas estava vencido e eu não tinha ainda. Gastamos uma pequena fortuna e tivemos de esperar quase um mês para ir até a Polícia Federal. Ficaram prontos em 20 dias e lá fomos nós, buscá-los, porém... esqueci o certidão de casamento em casa. O documento só é entregue ao titular, mediante documento de identificação e confirmação da impressão digital, mas senhoras casadas devem apresentar também a certidão de casamento. Questionei a moça da entrega que se tenho que fornecer minhas digitais, eu só posso ser eu mesma (não arranquei o dedo de ninguém!), independente de mostrar a certidão, as digitais só podem pertencer a mim mesma, que é impossível falsificá-las. Ela disse que só entregaria se visse o documento, afinal a norma é essa... E viva a burocracia!

No dia seguinte, depois de um ônibus, uma barca, um metrô e um táxi, voltei com a dita certidão (esqueci de dizer que só pode ser o original, não aceitam cópias). A mesma moça só olhou pra cara da “dita cuja” (coisa demorada assim... tipo... 2 segundos) e me entregou o passaporte... fazer o quê? Ela tinha que olhar o documento (tava no roteiro dela...), afinal sou casada e ela tem que vê-lo! Não interessa se eu sou eu mesma...


Depois volto pra falar da montagem do dossiê!

Bises,

Sra. Incrível

Por que o Québec?

Porque o Québec nos quer!

O Québec oferece uma excelente oportunidade a profissionais qualificados de se estabelecerem por lá, contando com praticamente todos os direitos de um cidadão canadense (só não tem os direitos políticos de votar e ser votado e o passaporte canadense). Eles têm uma grande escassez de mão-de-obra qualificada, o que complica muito o crescimento da economia. Uma decisão muito inteligente do governo, é possibilitar o ingresso de pessoas qualificadas, experientes, prontas para o mercado e capazes de se integrar à sociedade deles sem maiores problemas.

O processo é baseado em um sistema de pontos. Quem tem até 35 anos, é graduado, tem experiência em sua área de formação, fala francês e tem vontade de viver em outro país, é muito bem vindo por lá. Posteriormente, falarei sobre isso e colocarei mais detalhes.

Essa pergunta vem sempre acompanhada de uma outra: por que sair do Brasil? Fácil! Ligue a TV meia horinha que seja, em um canal de notícias, ou acesse a página de um jornal qualquer, ou compre um em uma banca (para radicalizar, compre um jornal “Meia Hora”!). Corrupção, violência, descaso com o cidadão que paga impostos absurdos, falta de respeito... E não é só por parte das autoridades... esse país está sucumbindo pelo egoísmo das pessoas. Todo mundo só quer saber do que é melhor para ele mesmo, o que melhor lhe convém. O melhor lugar para se observar isso é no trânsito. É muito mais fácil estacionar na calçada que ficar rodando procurando vaga. Se vier um idoso, ou uma pessoa em cadeira de rodas, ele desvia... e por aí vai. Esse não é o lugar onde queremos criar nossos filhos. Talvez até melhore, mas acreditamos que não viveremos o suficiente para ver isso acontecer.

Li um blog há algum tempo onde o autor fala que “o mesmo cara que anda com sua moto no corredor, estaciona o carro em local proibido, joga lixo na rua, liga som alto até altas madrugadas incomodando o vizinho, fura filas, deixa o celular tocando alto “aquela” música maravilhosa que só ele adora, é o que vai me chamar de covarde, dizer que tenho que ficar aqui e lutar por um país melhor.” O que temos a dizer a respeito é: “Se você não pode mudar o mundo, mude o seu mundo”. Se temos a chance de viver em lugar melhor, onde as pessoas são respeitadas tanto pelo governo, quanto pelos outros cidadãos, independente de sua opção religiosa, sexual, cor da pele ou seja lá o que for, por que não? Por que não recomeçar? E em um lugar melhor! “Porque o mundo é grande demais pra viver e morrer no mesmo lugar.” (Pablo Neruda). Não queremos parecer arrogantes criticando tudo, mas é uma excelente oportunidade que não podemos deixar passar. Certamente é uma experiência que não tem preço. Somente isso já paga caso algo não saia conforme nossos planos.

Não gostamos de futebol (eu odeio!), carnaval, praia e calor. Somos contra o “jeitinho” brasileiro que resolve pra mim e problema de quem vem depois. Brasileiro só é patriota em copa do mundo. Também, não têm motivos pra ser fora dela... Acham que o lugar em que vivem é o melhor do mundo e não se dão ao trabalho de conhecer outros lugares porque o seu é perfeito. E quando são questionados sobre os pontos negativos, dizem que hoje em dia é tudo assim mesmo, qualquer lugar do mundo tem isso, que nenhum lugar é perfeito. Sabemos que o Québec não é perfeito, mas é melhor viver em um lugar com 50 homicídios por ano (quando muito!) que com 50 por fim de semana.

Prefiro concordar com um “sábio” que um dia disse que “o Brasil tem saída sim... e fica no aeroporto de Guarulhos...”.

Sra. Incrível

Sobre nossa decisão de ir para o Canadá - Terceira parte

Estávamos em nossa zona de conforto. Nossa casa montadinha, com o que há de melhor. Escolhemos juntos cada coisinha, cada detalhezinho para fazer da nossa casa um verdadeiro lar. O Sr. Incrível com o emprego dos sonhos, um salário ótimo, principalmente pra idade dele. E eu havia começado a trabalhar nessa empresa que hoje presto serviços informais. O salário num dá nem pra comentar, mas o ambiente era maravilhoso. Nem parecia trabalho, era mais como um hobbie.
Então apareceu nossa prova final: a famosa palestra de imigração do Québec. Sr. Incrível viu no site do jornal O Globo que haveria uma em Niterói. Nos inscreveu e fomos sem nenhuma intenção, só pra ver como era, afinal nossa vida estava tão perfeita que nem tocávamos mais no assunto. Decidimos: é isso mesmo!!!! Pra que adiar mais?
Começamos a procurar aulas particulares de francês, pois a Aliança aqui é muuuuuito cara, quase o triplo que pagávamos. Ligamos para algumas pessoas, mas em nossa pesquisas na internet (Santo Google!) encontramos um site de uma professora que dizia preparar para o processo de Québec. Marcamos um bate-papo com ela. Chegamos e quando olhei pra ela, pensei: “Hum... Sei não... Muito séria”. Com 10 minutos de conversa, vi que ela era suuuuuper legal!!! Pronto, achamos!!! Vai ser com ela mesmo que vamos estudar!

Vai aí a propaganda:
O Nome dela é Dila, o site é http://www.francesdenegocios.com/ e os telefones são: (21) 3020-7887/8291-7556. Vale muuuuuiiiito estudar com ela.

Retomando...

Decidimos que enviaríamos nossos documentos quando ela achasse que estaríamos prontos para a entrevista. Em Junho de 2009, ela disse que estávamos falando francês muito bem e que tínhamos plenas condições de passar na entrevista. Foi aí que minha ficha caiu...
O Sr. Incrível sempre reclamava que eu não estava interessada, que deveria pesquisar, ler blogs e listas de discussão... Eu gostava quando ele me contava sobre o que lia, mas não tinha a menor ideia de como pesquisar essas coisas... confiava no que ele me dizia. Aí a Dila me disse (depois dele reclamar isso em uma aula...) que tinha um casal de ex-alunos dela que tinha escrito um blog. Achei interessante a ideia e resolvi ler... pronto! Abri meu coração e tive certeza absoluta do que queria pra minha vida. Eu havia saído daquela empresa para começar uma faculdade em Agosto, mas resolvi que não adiantaria nada. O processo levaria em média 1 ano e meio e meu curso seria de 2 anos e meio... Resolvi me dedicar ao estudo de francês e às pesquisas sobre o Québec.
Meu marido me deu uma lista blogs (http://listadeblogsbrasilcanada.blogspot.com/) para eu começar a ler. Gostei tanto que resolvi que quando fosse a hora escreveria o meu também!!!
Putzs!!! Esse post tá ficando enorme!!! Prometo encerrar o assunto no próximo, respondendo à famosa pergunta: Por que o Québec?

Salut!

Sra. Incrível

Sobre nossa decisão de ir para o Canadá - Segunda parte

Passamos por vários momentos em nossas vidas que fizeram adiar nossos planos. Perdemos minha vózinha querida (que morava na minha casa e com muito amor ajudou minha mãe a criar a mim e a minha irmã) no final de 2005. Logo depois, começaram as nossas pesquisas sobra a vida em outros países. Exatamente um ano e dois dias depois, perdemos meu amado sogro, pai do Sr. Incrível. Como ele é filho único, esquecemos esse assunto por um bom tempo, pois não queríamos deixar minha sogra sozinha.
A vontade de viver em outro país era tamanha, que em meados de 2007 resolvemos que não podíamos abandonar nossos sonhos e decidimos começar os estudos de francês. Nos matriculamos na Aliança Francesa para fazer o curso intensivo de férias em Julho e ao terminar, entramos na turma regular do segundo módulo básico, que iria de agosto a dezembro.
O Sr. Incrível estava meio desanimado com a empresa que trabalhava e como sempre fazia, enviou um currículo para uma empresa no Rio de Janeiro. Como a proposta era irrecusável, mais uma vez adiamos nossos planos e ele veio morar aqui em Outubro de 2007. Foram 6 meses namorando à distancia, sofri muito (sou chicletinha mesmo!!) até que em 2008 eu vim pra começarmos a procurar uma casa e começar nossa vidinha de casados.
No próximo post conto como o Quebéc voltou às nossas vidas com força total!!!

Au revoir,

Sra. Incrível

Sobre nossa decisão de ir para o Canadá – Primeira parte

Essa história merece ser contada, pois é a história da nossa vida. Para não ficar longo e cansativo, vou dividir em alguns posts.

Quando conheci o Sr. Incrível (em 2004, no final da faculdade dele), ele tinha acabado de ter um visto negado para os EUA para um intercâmbio (sabe-se lá o porquê!) e eu já havia estudado inglês, mas só por gostar do idioma mesmo, sem intenções de viver em outro país. Por conta desse visto negado, ele ficou com um sentimento de vazio até que, em 2005, começou uma pós que tinha uma extensão em alguns países europeus.

Ao voltar dessa viagem, encantadíssimo com a vida em outros países, começamos a pesquisar formas de viver no exterior. Óbvio que de forma legal, onde ele pudesse exercer sua profissão (que ele adora) e pudéssemos ter filhos e criá-los com dignidade. Foi aí que soubemos que o Canadá tem vários programas de imigração para trabalhadores qualificados.

Ele começou a pesquisar de forma aprofundada e depois descobriu que a Província do Québec oferece um programa mais simplificado. Nosso perfil se encaixava perfeitamente, salvo o fato de termos que aprender francês.

Depois conto sobre os obstáculos no nosso caminho...


Au revoir,

Sra. Incrível

Quem somos nós?


Como disse anteriormente, por enquanto não colocaremos nossos nomes reais aqui. Vamos nos identificar como Sr e Sra Incrível. Depois de muita discussão, de várias tentativas e análises, escolhemos (eu escolhi!) esses nomes porque ficará fácil nos identificar e ainda não vimos ser usado em outros blogs.

Eu, Sra. Incrível, serei sua interlocutora oficial. Tenho 25 anos, sou casada com o Sr Incrível desde 2008 (oficialmente, apenas em 2009) e ainda não temos filhos. Trabalho eventualmente como editora para uma empresa de fotografia social. Faço edição de fotografias, diagramação de álbuns de casamentos, 15 anos e festinhas infantis. Tudo em casa, sem vínculos e só quando tem trabalho. Também, eventualmente, sou fotógrafa dessa mesma empresa.

Mineiríssima como sou, adoooooro cozinhar!!! Amo cuidar do meu maridinho incrível, sou chicletinha dele. Também amo ver TV (Deus abençoe a Sky!!!)... e por falar em Deus, não sou religiosa. Acredito pra caramba Nele, mas nem por isso vou colocar aqui trechos bíblicos e etc. Nada contra, mas acho que minha fé não precisa de propagandas. Ela é minha e ponto final.

O Sr. Incrível, vai inicialmente, colaborar revisando textos, dando sua opinião e quando achar que deve, escreverá também. Ele tem 28 anos, é Consultor de TI e terminou o seu bacharelado em Computação em 2004. Adoooora minha comidinha!!! É o controle de qualidade da cozinha aqui em casa. Ao contrário de mim, gosta de ficar em casa e jogar videogame. É realmente um marido incrível... Cuida de mim, faz minhas vontades, sempre me agrada com presentinhos e faz até chapinha no meu cabelo!!! É muita rasgação de seda, mas ao longo dos meus textos, vocês meus leitores, comprovarão que ele é o marido perfeito pra mim!!!

Bom... muito prazer, et à la prochaine!!!

Sra. Incrível.

Primeiro post!!!





Já com um certo atraso, começo a escrever aqui. Vou iniciar dando umas explicações... A princípio, não vamos nos identificar com nomes e nem colocaremos fotos com nossos lindos rostinhos... O motivo para tal “mistério” é que meu marido trabalha em uma consultoria de informática e nossos planos de imigração podem comprometer o trabalho dele.

Tenho várias intenções ao escrever esse blog: quero poder compartilhar com meus leitores nossas alegrias, nossas vitórias, frustrações (espero não tê-las, mas...). Quero poder desabafar, criticar, elogiar, informar, ajudar... Enfim, acredito que será terapêutico... vai servir para aliviar a tensão do processo, para nos aproximar daqueles que deixaremos aqui e daqueles que farão parte de nossas vidas lá nas terras geladas.

Então, au revoir!
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