Uma vida em 128 quilos...
Já faz alguns meses que estamos pesquisando e tentando definir como resumir nossa vida material em 128 quilos.
Quando nos casamos, isso há quase três anos, procuramos comprar o mínimo possível para que não tivéssemos problemas agora na hora de desfazer das coisas. Tivemos bastante sorte de conseguir alugar uma casa com cozinha, quarto e banheiros planejados, assim, gastamos o mínimo possível com mobílias. Digo o “mínimo possível” porque foi difícil não comprar, por exemplo, um sofá confortável e razoavelmente caro, pra quem tinha data marcada pra vender tudo!
Meu maior medo é de não conseguir vender as coisas grandes, como a geladeira, o fogão e o tal sofá. Se morássemos próximo da nossa família, ao menos teríamos onde deixar as coisas, mas como estamos bem longe de todos, tenho receio de ter que vender a preço de banana só pra ter que desfazer...
Já temos mais ou menos definido os preços, já tem algumas coisas negociadas, e estamos começando a ver o que vamos realmente levar conosco. Aí vem a dificuldade de resumir tudo em 128 quilos. Vamos nos desfazer de alguns calçados, algumas roupas – essa parte já estamos fazendo desde o final do ano passado – e tentaremos levar o mínimo possível.
Não estamos considerando a possibilidade da terceira mala, é que não queremos pagar excesso de bagagem nem achamos que será possível conseguir isso com a Air Canada, uma vez que teremos um trecho doméstico que faremos pela TAM e usaremos milhas para emitir as passagens.
Pensamos em comprar duas malas boas, daquelas com rodinhas que giram a 360°, e colocar as outras coisas em caixas e embalar bem; também consideramos levar bolsas de viagem – que são mais baratas – no lugar das caixas. Mas achamos que seria muito complicado o transporte dessas caixas ou bolsas. Imaginem só, arrastar duas malas mais duas caixas através do saguão do aeroporto? E quando chegarmos a Toronto, que teremos que passar pela imigração e depois redespachar tudo até Montreal? Loucura!
Começamos a pesquisar preços de malas no fim do ano passado. Essas malas melhores, as que giram em 360°, estavam caríssimas, em torno de R$250,00 cada. Deu uma dor no coração... Gastar uns R$1.000,00 só em malas que provavelmente seriam usadas uma única vez! Mais uma vez, deixamos rolar pra ver no que daria... Acabaríamos decidindo o que fazer em cima da hora.
Só que agora que acabou o período de férias, as lojas baixaram bem os preços e começamos a encontrar malas por volta de R$180,00. Vimos que o momento era esse! Com preços melhores e o Sr. Incrível trabalhando ainda – ou seja, dinheiro entrando na conta! – esse era o momento de comprar as malas como queríamos.
Uma amiga havia me dito que viu umas com preço bom na Le Postiche no shopping aqui em Niterói. Já havíamos olhado umas lá na Rua da Carioca, no Centro do Rio e as mais baratas estavam por R$168,00, só que teríamos o trabalho de ir buscar e elas não eram tão boas. Olhamos, também, na Mala Amada. Estavam por R$178,00, só que eles não tinham as quatro no estoque, teríamos que pagar pra pegar depois e não nos deram NEM UM REAL de desconto para pagar a vista, 4 malas (quatro!) em dinheiro! E a vendedora e outra mulher que parecia a gerente, estavam com tanta má vontade em nos atender que me irritou. Talvez elas vendam umas 50 malas daquelas por dia, então vender quatro pra nós não faria diferença...
Aí fomos à Le Postiche. Honestamente, o tratamento não foi tão diferente da Mala Amada – que “carinhosamente” apelidamos de “Mal Amada”. Só depois de termos olhado uma mala, aberto, olhado por dentro, é que a vendedora veio falar conosco. A mala é muito boa e o preço melhor ainda – R$159,90! E eles tinham todas no estoque. Só que o atendimento...
Perguntamos à vendedora se havia alguém pra nos ajudar a levar tudo até o carro e ela fez tanto pouco caso, que no final disse q só levaria até ao elevador. E na hora em que estávamos na porta da loja, a “distinta” só apontou o caminho do elevador! Poxa, ela tinha acabado de ganhar a comissão do dia com a nossa venda, aposto que ela não vende quatro malas daquelas todos os dias! Depois de três anos morando aqui, ainda não consegui me acostumar com o péssimo atendimento no comércio...
Mas em fim, elas estão compradas e agora é só resumir nossa vida material nos 128 quilos que temos direito!
Até mais!